Desilusão política
Luzia Toledo, que ganhou dois anos de mandato de senadora como segunda suplente de José Ignácio Ferreira, é a desilusão em pessoa com a política capixaba.
Apesar disso, encara a corrida por uma vaga na Assembléia Legislativa com muito otimismo de que vai chegar lá, pelo PPB.
Ganhando ou perdendo, José Ignácio vai precisar de gente como ela para defendê-lo futuramente no parlamento estadual.
Papel de Rita
Vice ativa e não passiva. Assim posicionou-se Rita Camata (PMDB) diante do presidenciável José Serra (PSDB), cuja imagem está ajudando muito a melhorar.
E num forró na Paraíba, Rita, descendente dos alegres italianos de Venda Nova do Imigrante, mandou ver e colocou Serra para dançar.
Nenhuma novidade ver a ex-primeira dama no meio daquela festa. O que a italianada capixaba mais gosta é de um forró.
Mordida na língua
Pelo jeito, o deputado federal José Carlos da Fonseca Júnior (PFL) mordeu na língua e está provando de seu próprio veneno.
Recapitulando: depois de ficar dois anos na Secretaria de Estado da Fazenda, Fonseca Júnior virou oposição ao governo do Estado a ponto de articular a intervenção no diretório regional do PFL, que era governista, e tornar-se, ele mesmo, o interventor.
Agora, a menos que muita coisa mude, o PFL vai ficar isolado na corrida eleitoral e o deputado dificilmente conseguirá legenda para se reeleger. E já não há espaço para concorrer ao Senado, como espertamente fez Ricardo Ferraço (PPS).
Queda de Garotinho
Garotinho tropeçou na corrida presidencial. Sua pedra de tropeço chama-se aliança do PT com o PL, onde está boa parte de seus aliados, incluído o deputado capixaba Magno Malta.
A coluna já havia antecipado, quando ele ainda brigava pelo segundo lugar, que o fôlego do ex-governador do Rio estava acabando e que tudo indicava uma renúncia dele para candidatar-se, com eleição garantida, ao Senado.
É esperar para ver. Na última pesquisa, Anthony Garotinho (PSB), que começou sua vida política em Campos, no norte fluminense, já despencou para o quarto lugar. E cancelou todos os seus compromissos após o anúncio da aliança PT-PL.
Cartas marcadas
As eleições na Bahia não têm mais discussão. Estão definidas.
Vai dar Antonio Carlos Magalhães e César Borges para o Senado e Paulo Sotto para o governo.
O grupo político de ACM manda fácil na política baiana.
Nó tático
Lula deu um nó tático em muita gente.
Ao fechar coligação com o PL, colocando o empresário mineiro José de Alencar (do fortíssimo grupo Coteminas) como vice, o candidato do PT melhora em muito a aceitação de sua chapa.
E pode fechar no primeiro turno.
Tripulação sobrando
Junto com a final da Copa do Mundo termina também o prazo para as convenções partidárias.
Na última volta do ponteiro, costurava-se uma forte coligação entre PSDB, PPB e PMDB, inviabilizando muitos projetos políticos.
Para tentar salvar seu barco, o PTB e o PDT juntaram-se e lançaram uma chapa para deputado federal com José Carlos Elias, Vasco Alves, Albuino Azeredo, Carlos Humberto Manato e João Felício Scárdua.
Pior é que, nesse barco, provavelmente só vai caber um tripulante. Se couber.
Esperteza mineira
Com as bênçãos de Itamar Franco, e dando um palanque até mesmo para Ciro Gomes (PDT-PTB), o presidente da Câmara dos Deputados, Aécio Neves, concorre ao governo de Minas nas eleições deste ano.
Primeiro passo para um vôo mais alto, quem sabe daqui a quatro anos, para o posto máximo da nação.
Esperteza Aécio demonstrou ter, há muito tempo. Seu vice é o empresário Clésio Andrade, do PFL. Uma espécie de Aliança Democrática mineira.
Pernada de anão
Edson Vargas, o carro-chefe do PMN no Estado atualmente, reclama de uma tentativa de rasteira promovida por parte da direção regional do partido para tentar salvar a pele do deputado estadual Geraldinho Martins.
Mais votado na convenção partidária para a chapa à Assembléia Legislativa, Edson Vargas viu seu nome divulgado para a Câmara dos Deputados.
Se não fosse a maestria do secretário-geral, Carlos Dorsh, a vaca iria para o brejo com corda e tudo.
Nanicos isolados
As siglas PTN, PST, PGT e PRTB só se tornaram conhecidas do eleitor capixaba por abrigarem aliados do governador José Ignácio em meio à crise política vivida pelo governo no ano passado.
Mas hoje os deputados que se abrigaram nesses legendas estão em maus lençóis.
Ninguém as quer para coligações.
Troca-troca
Conforme a coluna antecipou com absoluta exclusividade, o deputado Antônio Cavalheri (PGT) não é candidato à reeleição.
Vai apoiar o primeiro, Dirceu Cavaglieri, presidente da Câmara de Aracruz.
O problema vai ser daqui a dois anos, quando Antônio deve querer disputar a prefeitura.
Bola da vez
O PCdoB confirmou que o vereador Chico Neto, presidente da Câmara de Baixo Guandu, é sua bola da vez para chegar à Assembléia.
Como das outras vezes, o PCdoB vai entrar numa coligação com candidato único.
Último lance
O grupo político do deputado federal Marcus Vicente (PPB), com representação em 48 municípios, reúne-se no próximo dia 2 para definir apoio para o governo e Presidência da República.
O encontrão vai ser no Hotel
Aruan, em Vitória.
Passando o rodo
Luiz Moulin, irmão do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Alemer, confirmou sua candidatura a deputado estadual pelo PDT.
Não mais apenas por Guaçuí, de onde vem. Quer passar o rodo nos votos da Grande Vitória.
Quem vem?
Malandramente, marido e mulher estão nas listas de candidatos a deputado estadual em São Gabriel da Palha.
O ex-prefeito Paulo Lessa (PDT) e a ex-primeira-dama Raquel Lessa (PMN).
Para confundir os adversários.
Na prorrogação
O governador José Ignácio Ferreira (PTN) vai deixar para a prorrogação a definição de sua candidatura à reeleição. Mas a coluna arrisca um sim.
As últimas pesquisas deixaram-no animado. José Ignácio apareceu a sete pontos de Max Mauro (PTB), que patina no mesmo lugar há várias semanas.
Como não confia nem em Max e nem em Paulo Hartung (PSB), José Ignácio quer ir ele para o segundo turno e, aí, jogar tudo numa disputa que deverá ter, neste caso, com o senador eleito pelo PSDB e hoje engrossando as lides socialistas.
Mesmo com todo o desgaste sofrido como fruto das denúncias contra seu governo, José Ignácio ainda pode sonhar com alguma coisa, diferentemente de seu antecessor, Vitor Buaiz, que chegou ao fim de governo se arrastando.
Patrulhamento
O Diretório Acadêmico do curso de Direito da Ufes convidou o tenente-coronel Júlio Cézar Costa, mentor do Programa de Planejamento e Ações de Segurança do governo (Pro-Pas), como principal palestrante do Encontro Regional de Estudantes de Direito (Ered).
Foi o bastante para o rapaz, que vai precisar passar na prova da Ordem dos Advogados, ser chamado às favas pela entidade.
Um patrulhamento descabido, como nos tempos da ditadura militar.
Esconjuro três vezes, cruz credo. Viva a democracia!
Lá vem ele
Se a Justiça Eleitoral permitir, Ademar Rocha quer ser suplente de senador de Gerson Camata (PMDB).
Acontece que, como presidente da Câmara de Vitória, ele assumiu a prefeitura numa viagem do prefeito Luiz Paulo depois do prazo de desincompatibilização.
Povo e elites
As elites brasileiras, com os mesmos sobrenomes oligárquicos há 300 anos, estão apavoradas com a possibilidade de vitória de Lula.
Mas no meio do povo comum, só dá o ex-metalúrgico.
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Luzia Toledo
Rita Camata
o deputado federal José Carlos da Fonseca Júnior (PFL)
Queda de Garotinho
Antonio Carlos Magalhães
César Borges
Senado e Paulo Sotto
Senado e Paulo Sotto
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