Falam as pesquisas
Só quem está falando ultimamente, nas eleições para o governo capixaba, são as pesquisas de intenções de votos.
E elas dizem que o governador José Ignácio, apesar de toda sua provocante indecisão, subiu na cotação, navega na faixa entre 15% e 20%, e deverá provocar o segundo turno entre o senador Paulo Hartung (PSB) e o deputado federal Max Mauro (PTB).
Resta saber se os eleitores de Ignácio vão para onde ele indicar, o que é muito difícil.
Riso fácil
Quem está rindo à toa é o vice-prefeito Ademir Cardoso (PSDB).
Decidiu-se pela candidatura a deputado federal, numa operação às escuras, para fugir da concorrência dos amigos de PH e LP e, agora, pode ficar numa boa se o Blocão se consumar.
Tirando Marcus Vicente e Nilton Baiano, do PPB, José Carlos da Fonseca Júnior, do PFL, e Feu Rosa, do PSDB, o resto todo da chapa é japonês. E Ademir vai entrar no vácuo evangélico da saída de Magno Malta do páreo federal para disputar o Senado.
Riso difícil
Há quem aposte que, apesar de sua boa performance até nas pesquisas de intenção de votos, Magno Malta poderá sentir os efeitos da entrada de Ricardo Ferraço na disputa para o Senado.
Poderá deixar a disputa e voltar candidato à reeleição para não pagar o preço do desgaste que certamente virá numa campanha majoritária.
Quebra, quebra, gabiroba!
O governo capixaba especializou-se ultimamente em quebrar prestadores de serviços gerais.
O de Albuino Azeredo quebrou a Colimpre; o de Vitor Buaiz quebrou a Shoplimpe; e o de José Ignácio colocou na berlinda uma tradicional empresa capixaba, que só não vai quebrar porque não é o único negócio de seu dono. Porém, o empresário, por sinal muito competente, vai demorar pelo menos uns cinco anos para se reequilibrar de novo.
Êta preço!!!
Coelho na pista
Mais do que um azarão, tem um coelho na pista eleitoral de Cachoeiro de Itapemirim.
Se não repetir o grande finale da fábula “o coelho e a tartaruga”, o vereador Glauber Coelho (PTB) é um dos nomes novos que deverão figurar na Assembléia Legislativa a partir do próximo ano.
De tradicional família industrial da cidade, Glauber vem com a força do setor de rochas ornamentais, cujo sindicato o pai preside.
Aliança decisiva
Pode decidir a eleição para o Senado no Estado a aliança do grupo político do deputado federal Marcus Vicente (PPB) com Ricardo Ferraço (PPS), que, devido a problemas de legenda em seu partido, teve que partir para esse projeto mais ousado.
No encontro em que foi anunciado o acordo, havia lideranças de 32 municípios capixabas, 14 dos quais são prefeitos no exercício do mandato. Uma ausência muito sentida foi a de Aloízio Santos (PSDB), de Cariacica.
Marcus Vicente, porém, aposta: a aliança vai envolver seu grupo em pelo menos 45 municípios, mais da metade do Estado.
No próximo dia 2, o grupo de Marcus volta a se reunir, no hotel Aruan, em Camburi, para decidir apoios ao governo e à presidência da República.
Beleza de Rita
Um dos primos da deputada federal Rita Camata (PMDB) não gosta que se fale que ela teve dificuldades em se eleger em 1998, mas ela está em queda desde que conseguiu, sozinha, fazer legenda para si e carregou dois outros deputados nas eleições de 1986, quando teve 136 mil votos.
Na eleição seguinte, em 1990, caiu para 99.147 votos, uma queda de 27%. Nas eleições de 1994 ela desceu mais 25,2%, tendo 74.146 votos. Daí para 1998, a queda foi de 1,9% (72.706 votos). A despeito de o número de eleitores ter aumentado.
Não custa lembrar que, de ampla favorita, Rita perdeu feio a eleição de prefeita de Vitória para Luiz Paulo Vellozo Lucas em 1996, com Duda Mendonça (hoje, Lula) a assessorá-la.
Agora, Rita Camata é a musa da chapa de José Serra (PSDB) à presidência da República, uma invenção do marqueteiro Nizan Guanaes, preocupado com a feiúra de seu assessorado. E parece ter dado certo: na primeira pesquisa depois da indicação de Rita, Serra cresceu sete pontos.
Mas a idéia de beleza irrita a Rita, disposta a trocar sua beleza por sua competência. E ainda dar volta.
Construtor dos sonhos
Essa chegou pela internet.
Um prefeito do interior queria construir uma ponte e chamou três empreiteiros: um alemão, um americano e um brasileiro.
– Faço por US$ 3 milhões – disse o alemão. Um milhão pela mão-de-obra, um pelo
material e um para meu lucro.
– Faço por US$ 6 milhões – propôs o americano. Dois pela mão-de-obra, dois pelo
material e dois para mim. Mas o serviço é de primeira, complementou.
– Faço por US$ 9 milhões – disse o brasileiro.
– Nove? – espantou-se o prefeito. É demais! Por que tudo isso?
– Três para mim, 3 para você e 3 para o alemão fazer a obra!!
– Fechado.
Ssshhhhiiiii!!!!
Silêncio sepulcral na sucessão estadual.
Comemora, Farani!
José Farani, da Academia de Tênis de Brasília, já pode comemorar.
O seu Alegrense sagrou-se bicampeão capixaba em cima do todo-poderoso Rio Branco, do não menos poderoso José Carlos Gratz (PFL), presidente da Assembléia Legislativa do Espírito Santo.
Novo Estado
Brincadeira atribuída a petistas de São Paulo:
“Se Lula ganhar, vai unir os Estados mais pobres para torná-los mais fortes”.
A primeira fusão será entre Piauí e Maranhão.
Será o Estado do Piorão.
Legenda estadual
A legenda para deputado estadual vai ficar entre os 48 mil e os 50 mil votos.
Isso significa que o Blocão PSDB-PMDB-PPB-PFL também pode chegar fácil aos dois terços na Assembléia Legislativa.
Se Paulo Hartung confirmar as pesquisas e ganhar o governo, vai chegar ao Palácio Anchieta tendo que construir base política na casa dos outros, o que não chega a ser tão difícil, aja vista que os deputados estaduais capixabas têm certa facilidade para aceitar composições.
Duplicação da BR 101
O deputado federal Paulo Feijó (PSDB-RJ) voltou à carga no Congresso Nacional cobrando do governo federal a duplicação da BR 101 (Rodovia Governador Mário Covas), do Rio à divisa com o Espírito Santo.
O trecho capixaba, porém, anda esquecido. Não se vê nenhum movimento da bancada do Estado para duplicar a rodovia, a cada dia mais saturada.
Comando geral
Nos bastidores político-militares capixabas circula a informação de que, a se confirmar a eleição de Paulo Hartung para o governo, a Polícia Militar já tem dois fortes candidatos a comandante: os coronéis Luís Carlos Silva e Roberson Maia.
Deflação eleitoral
As últimas mudanças no quadro eleitoral proporcional do Estado está servindo para deflacionar o valor dos “cabos eleitorais” capixabas.
Quando o processo foi deflagrado havia gente, “com muito voto”, pedindo até R$ 40 mil para apoiar candidatos. Agora, essa gente está precisando queimar gordura e, talvez, até trabalhar de graça para garantir pelo menos um torresminho no futuro.
Viva a democracia!
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José Ignácio
Paulo Hartung
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Marcus Vicente
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