Ao analisar a possibilidade de fechar aliança com o ex-governador de São Paulo, Orestes Quércia, dissidente nacional do PMDB, o PT não teve dúvidas. Em detrimento das acusações de corrupção que pesaram sobre o peemedebista, o comando maior do Partido dos Trabalhadores que, diga-se de passagem, sempre se colocou como o grande defensor da moralidade nas instituições públicas, saiu em defesa de uma nova tese.
Foi o próprio pré e eterno candidato petista, Luiz Ignácio Lula da Silva, que partiu para o ataque contra aqueles que pretendiam minar os acordos com Quércia. Na alegação do petista está a máxima de que quando um crime é investigado e o acusado não é condenado é porque não cometeu crime.
Não há dúvidas. Nesse país, para cada momento existe uma ordem.
Diante do interesse maior de vencer uma disputa eleitoral, nem mesmo os petistas são puristas o suficiente para remover cadáveres e prejudicar acordos que certamente poderão trazer benefícios nas urnas.
Mas VidaBrasil não pretende entrar no mérito das discussões petistas. Só usamos o exemplo para tentar entender o que se passa no Espírito Santo.
Nos últimos dez anos, o Estado vem mostrando seu potencial, registrando um dos melhores índices de crescimento econômico do país. Apesar de nossa boa performance, raramente notícias sobre esse tema são publicadas nos “grandes” veículos de circulação nacional.
Por quê?
Parece óbvio que, do ponto de vista jornalístico, atração de novos investimentos, aumento da oferta de emprego, só para citar alguns exemplos, são notícias.
Mas é em matérias depreciativas e editoriais contundentes que o Espírito Santo aparece com ênfase no noticiário nacional.
Mais uma vez nos questionamos: por quê?
Em que dados concretos o jornal “Estado de São Paulo” se baseia para afirmar que o Espírito Santo é um “Estado controlado pelo crime”?
Em editorial publicado no domingo, 2 de junho, o Estadão faz denúncias usando relatórios da OAB, cujo texto é baseado em investigação da CPI do Narcotráfico da Câmara dos Deputados. Esse segundo material, após dezenas de denúncias que deixou no palanque diversos candidatos para essa eleição, não chegou a lugar nenhum. Também não poderia ser diferente. Quem observa os nomes citados pela CPI, certamente pode imaginar quantos deles estão ali por inveja e ressentimentos e quantos não estão por amizade ou compromisso.
Não seria o momento de se pensar como Lula? Afinal, crime julgado que não encontra condenado deveria ser esquecido.
Está mais do que na hora do Espírito Santo olhar para a frente e se voltar para os verdadeiros problemas de sua população.
Precisamos e queremos crescer.
|