Falta mais do que seis meses para as eleições.
Quem acompanha mais atentamente o processo eleitoral desencadeado desde o ano passado pode observar quanta distância existe entre a teoria e a prática no Brasil.
Temos uma legislação que impõe regras e calendário definidos para todo o período eleitoral. E temos também brechas nessa mesma legislação que são aproveitadas por todos, partidos e pretensos candidatos, independentemente de ideologias, propostas ou projetos.
Enquanto os veículos de comunicação comemoram a grande antecedência do início da “competição”, a população assiste, na maioria das vezes, sem conseguir entender com clareza o que acontece no país.
É para sustentar esse “jogo” que muitas “malas recheadas” estão escondidas em escritórios de empresas e políticos por esse imenso Brasil afora.
Desvendar questões que envolvem tais “malas”, saber, por exemplo, de quem são, quantas são, para que serão usadas e como foram conseguidas é, provavelmente, tarefa possível apenas para o verdadeiro Sherlock Homes.
Infelizmente estamos longe de possuir “detetives” com tanta “astúcia”. Muito mais infeliz ainda é saber que o mais provável é que só conheceremos mesmo algumas dessas “malas”.
Na prática vamos saber somente sobre a existência daquelas que determinados “grupos” querem que tomemos conhecimento.
É na manipulação dessas informações que impõe o que, quando e como devem ser divulgadas determinadas “notícias” sobre “malas recheadas” que está o verdadeiro jogo político das eleições que vemos em curso.
Aliás, essa não é a primeira vez que este tipo de manipulação da informação define os rumos das eleições no Brasil.
Quem não se lembra de um fatídico debate que pôs fim aos sonhos – ainda existentes – do eterno candidato petista, Luiz Ignácio Lula da Silva, de subir a rampa do Palácio do Planalto em 1989?
Já está mais do que na hora de o eleitorado brasileiro começar a pensar por conta própria para evitar essas manipulações.
VidaBrasil não tem a menor intenção de defender esse ou aquele candidato.
Mas, até por uma questão de cidadania, e para dar um pontapé inicial às reflexões que são tão necessárias na hora do voto, fica aqui uma questão: será que as denúncias que vemos hoje contra a pré-candidata do PFL e governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e a dimensão que “algumas” emissoras de televisão estão dando ao fato não deixam claro que há muito mais “coisas” escondidas nos gabinetes empresariais do país do que apenas “malas recheadas”?
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