Já se imaginou percorrendo as Caraíbas no conforto permanente de um hotel de luxo? É o que acontece ao embarcar no Explorer of the Seas, o maior navio de cruzeiro do mundo, apenas igualado pelo seu irmão gêmeo, o Voyager of the Seas.
Metade navio, metade hotel, o Explorer of the Seas percorre ao longo de todo o ano o mar do Caribe, em cruzeiros de sete dias. E, se o cenário da viagem é de sonho, o próprio barco não podia ser mais espetacular. Largo demais para passar pelo canal do Panamá, as suas 138 mil toneladas permitem-lhe transportar 3.840 passageiros e 1.180 tripulantes. Todos muito entretidos por 15 andares e, claro, alguns distribuídos pelos 1.557 quartos dos nove decks. A sua velocidade é de 22 nós (42 km/h). E, uma vez a bordo, há muito que fazer. Os passageiros dispõem de um cartão personalizado (Super Charge) onde são debitadas todas as despesas: bebidas alcoólicas, telefonemas e compras. A comida e a bebida não-alcoólica são grátis em todos os bares e em três dos cinco restaurantes do navio. As salas de jantar não podiam ter nomes mais sonoros: Colombo, Vasco da Gama e Magalhães. Até parece que estamos em casa... Um outro restaurante a visitar é o Portofino, no deck 11. Aqui, a cozinha italiana é servida num ambiente intimista e muito elegante.
Deleite dos sentidos - As piscinas são quatro, duas grandes e duas pequenas, no topo do navio. Circundadas por espreguiçadeiras, confirmam-nos que este navio é para deleite dos nossos sentidos. As jacuzzi também fazem parte do cenário das águas dentro do Explorer. É que neste navio, há espaço para tudo o que a imaginação ditar: um laboratório oceanográfico, uma gigantesca sala de espetáculos, um centro de conferências, um cassino, um estúdio de televisão, um pavilhão com pista de gelo, uma pista de jogging, um campo de golfe com nove buracos, um campo de basquete, uma parede de escalar com 20 metros de altura e uma capela, onde pelo menos 60 pessoas podem presenciar um casamento, daqueles com validade...
Avenida a bordo - Para percorrer tudo isto sem grande canseira, existem vários elevadores panorâmicos que, em 25 segundos, sobem e descem os 15 decks. Mas uma das mais magníficas fantasias do Explorer é o Royal Promenade, no deck 5. Uma espécie de avenida principal, colorida e iluminada ao longo dos seus 100 metros de comprimento e inspirada no French Quarter de Nova Orleães. Os neons anunciam lojas, bares, restaurantes e várias tentações. Nas rotundas ou centros deste Royal Pomenade existem grandiosas estátuas suspensas, como a Canticle to a Blue Planet, de autoria de Jonathan e Evelyn Clowes.
Outro destaque é o Casino Royale, no deck 4, cuja entrada é adornada pelas estátuas de duas mulheres, envoltas em plumas e pouco mais. O ambiente criado é o de Las Vegas. Várias fotografias do deserto e sinais característicos a piscarem o neon transportam-nos para o local do vício. O cassino possui 300 slot-machines, dez black-jack, três roletas, e a maioria do dinheiro que entrou a bordo... Depois de perder ou ganhar um punhado de dólares, é tempo de passar pelo Schooner Bar, com uma decoração náutica excelente e que antecede a danceteria The Chamber. Esta é de estilo gótico e assemelha-se a um antigo castelo inglês. Até as tochas na parede parecem conter chamas verdadeiras. Aqui dança-se, avaliam-se os foliões e bebe-se um último copo. Locais convidativos à bebida não faltam. O Viking Crown, no topo do navio, por exemplo, tem uma vista panorâmica de 180º. Mas não só de bebida vive o homem. Os espetáculos acontecem no Palace Theater, onde se podem sentar 1.350 pessoas para assistirem aos mais variados tipos de produções.
A verdade é que neste Explorer of the Seas há tanta animação que quase não precisamos de sair do navio para termos uma viagem inesquecível. É claro que, nas Caraíbas, as paragens são as mais tentadoras. Mas já pensou se um dia você voasse num avião com tantas atrações? Certamente gostaria de continuar suspenso entre as nuvens e nunca voltar a colocar os pés no chão
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Embarcar arigor
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