Vidabrasil circula em Salvador, Espírito Santo, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo Edição Nº: 295
Data:
30/11/2001
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» Índice
» Editorial
Um peso, duas medidas
» Turismo
Uma viagem de sonho é o que proporciona o Explorer of the Seas, o maior navio de cruzeiro do mundo
» Paladar
Uma visita fantástica à região de Champagne, coração dos mais famosos vinhedos do mundo
» Autos
Ferrari 360 Spider sai da fábrica de Maranello com motor V8, 400 cavalos e 8500 rpm
» Triangulo
Gratz surpreende adversários ao apoiar a lei que extingue a imunidade parlamentar
» Boca Miuda
Sueli em campo
Editorial

“Chantagem”, “vilania política”, “ameaça”, “suposições”.  
Essas foram algumas das expressões usadas pelo governador petista do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, para definir as acusações de seu envolvimento e de membros de seu governo e de partido com banqueiros do bicho gaúchos.  
As denúncias surgiram de apurações realizadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Segurança Pública aberta no Rio Grande do Sul. A CPI, que iniciou os trabalhos com o objetivo de apurar a situação do setor no Estado, enveredou pelas supostas relações do governo petista com o jogo do bicho e vem propondo o indiciamento de Olívio Dutra, do vice-governador, Miguel Rosseto, e de outros dois secretários, por improbidade administrativa e crime de responsabilidade.  
Muita água ainda vai rolar até que as denúncias sejam comprovadas.  
Mas, antes que toda a apuração seja concluída, petistas de todo o país articulam para brecar o andamento dos trabalhos de investigação e classificam a CPI de “Comissão Política Ideológica”.  
É a formula mágica encontrada pelo PT para evitar o impedimento do governador gaúcho.  
Atitude no mínimo estranha, não?  
Quem, nos últimos meses, vem acompanhando o desenrolar da crise política que se instalou no Espírito Santo certamente não deve estar entendendo como pensa o tão propalado defensor da verdade, da ética e da liberdade Partido dos Trabalhadores.  
No já tão sofrido Estado da região Sudeste, os figurões do PT se vestem de defensores da justiça e da legalidade insistindo em manter viva uma crise que não tem mais para onde caminhar.  
No Estado do Sul do país, a opção de membros desse mesmo partido é pelo abafamento do caso. A alegação dos petistas nesse caso é simples: a legitimidade do voto popular conquistado nas urnas por Dutra garante o direito de ele se manter no poder, mesmo acusado de ligações com a subversão.  
É possível tirar alguma conclusão desse discurso?  
Será que é para imaginar que o voto do capixaba tem menos valor do que o voto do gaúcho?  
Será que é para se supor que os deputados de oposição no Rio Grande do Sul não entendem nada e no Espírito Santo são os donos da verdade?  
São tantas as contradições dessa “oposição” capixaba e situação gaúcha, que fica difícil acreditar que ambas fazem parte de um único partido que tem como uma das principais bandeiras, para conquistar o cargo máximo do executivo nacional, a ética na política.  
Como eterna observadora da política brasileira, VidaBrasil está atenda e acompanha o desenrolar dessas crises. Nossa missão é mostrar os fatos e alertar aos nossos leitores para que todos possam ter sempre uma visão crítica dos dois lados da moeda.  

  

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