“Chantagem”, “vilania política”, “ameaça”, “suposições”.
Essas foram algumas das expressões usadas pelo governador petista do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, para definir as acusações de seu envolvimento e de membros de seu governo e de partido com banqueiros do bicho gaúchos.
As denúncias surgiram de apurações realizadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Segurança Pública aberta no Rio Grande do Sul. A CPI, que iniciou os trabalhos com o objetivo de apurar a situação do setor no Estado, enveredou pelas supostas relações do governo petista com o jogo do bicho e vem propondo o indiciamento de Olívio Dutra, do vice-governador, Miguel Rosseto, e de outros dois secretários, por improbidade administrativa e crime de responsabilidade.
Muita água ainda vai rolar até que as denúncias sejam comprovadas.
Mas, antes que toda a apuração seja concluída, petistas de todo o país articulam para brecar o andamento dos trabalhos de investigação e classificam a CPI de “Comissão Política Ideológica”.
É a formula mágica encontrada pelo PT para evitar o impedimento do governador gaúcho.
Atitude no mínimo estranha, não?
Quem, nos últimos meses, vem acompanhando o desenrolar da crise política que se instalou no Espírito Santo certamente não deve estar entendendo como pensa o tão propalado defensor da verdade, da ética e da liberdade Partido dos Trabalhadores.
No já tão sofrido Estado da região Sudeste, os figurões do PT se vestem de defensores da justiça e da legalidade insistindo em manter viva uma crise que não tem mais para onde caminhar.
No Estado do Sul do país, a opção de membros desse mesmo partido é pelo abafamento do caso. A alegação dos petistas nesse caso é simples: a legitimidade do voto popular conquistado nas urnas por Dutra garante o direito de ele se manter no poder, mesmo acusado de ligações com a subversão.
É possível tirar alguma conclusão desse discurso?
Será que é para imaginar que o voto do capixaba tem menos valor do que o voto do gaúcho?
Será que é para se supor que os deputados de oposição no Rio Grande do Sul não entendem nada e no Espírito Santo são os donos da verdade?
São tantas as contradições dessa “oposição” capixaba e situação gaúcha, que fica difícil acreditar que ambas fazem parte de um único partido que tem como uma das principais bandeiras, para conquistar o cargo máximo do executivo nacional, a ética na política.
Como eterna observadora da política brasileira, VidaBrasil está atenda e acompanha o desenrolar dessas crises. Nossa missão é mostrar os fatos e alertar aos nossos leitores para que todos possam ter sempre uma visão crítica dos dois lados da moeda.
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