Agora é Max  
O que é a política.  
Quando todos pensavam que ele estava morto, depois de ter feito Albuino Azeredo um desastrado governador, eis que Max Mauro (PTB) foi eleito deputado federal com expressiva votação.  
Agora, o velho cacique rabujento está de olho no Palácio Anchieta.  
Em reunião no Itaparica Tênis Clube, no último dia 5, criticou o senador Paulo Hartung e disse, peremptoriamente, que é candidato ao governo.  
De que lado vai ficar Theodorico Ferraço, eis a questão.  
 
Dias contados  
Com Nilton Baiano aborrecido com a área financeira do governo, Rose de Freitas (PSDB) está com os dias contados em Brasília.  
Se Nilton resolver retomar seu mandato de deputado federal, Rose volta para casa.  
 
Diálogo  
 
O prefeito Sérgio Vidigal (PDT), da Serra, ligou ao diretor de VidaBrasil, Celso Mathias, para reclamar de uma nota dando conta da presença de uma jovem Patrícia em sua vida.  
No final da conversa, travaram o seguinte diálogo:  
Vidigal: “Deus lhe abençoe”.  
Celso Mathias: “Deus lhe abençoe também, e lhe dê juízo”.  
 
Sonho dourado  
 
A propósito de Sérgio Vidigal (PDT), o mercado político especula que seus últimos movimentos são no sentido de ser candidato ao Palácio Anchieta, articulando, para isso, um apoio tácito do atual governo.  
Podem achar loucura, mas no dia em que houver lógica em política, em galinha vai nascer dente, como se diz em Minas.  
Queimar Paulo Hartung (PSB) ele já queimou. E vai dizer que seu candidato é Max Mauro (PTB).  
 
Otto Alencar  
 
Até fevereiro de 2002 serão compostos os nomes que disputarão os cargos eletivos para as próximas eleições na Bahia. Caso a chapa majoritária seja apresentada trazendo ACM e César Borges para o Senado e Paulo Souto para governador, poderá ser o vice-governador Otto Alencar, o novo ocupante do Palácio de Ondina. Ele poderá assumir o cargo em abril por força da desincompatibilização do governador César Borges. Alencar, dono de forte contigente eleitoral, é médico e experimentado administrador em vários cargos executivos. Além do mais, trafega livremente nos meios políticos, empresariais e mantém excelentes relações com o grupo carlista.  
 
Agigantou-se  
 
Já era previsto por todos o crescimento do competente engenheiro João Luiz Tovar dentro da estrutura de governo como secretário estadual de Fazenda. O que não se imaginava é que tal poder fosse se agigantar tanto e trazer um certo desconforto entre os seus pares. Até entre os mais importantes. Se ele não rever a sua forma de atuar, poderá pagar muito caro. Em breve!  
 
Disse-me-disse  
 
O senador Paulo Hartung (PSB) andou falando que o prefeito Aloízio Santos (PSDB), de Cariacica, está fechadinho com ele.  
Uma pessoa muito próxima a Aloízio descartou essa possibilidade e ainda detonou: “Paulo Hartung continua o mesmo. Plantador como sempre”.  
O prefeito ficou quieto, mas não gostou. Está afinadíssimo com o governo do Estado, até porque tem em curso uma série de investimentos públicos no município. E quer cumprir seu mandato até o final, e ainda disputar a reeleição.  
 
Vai-e-vem  
 
O secretário de Estado de Governo, Antônio Loyola, entrou no olho do furacão político nos primeiros dias de novembro. Tudo por conta das desencontradas informações sobre sua saída da pasta.  
Primeiro, Loyola estava demissionário. Depois, resolveu ficar. Por fim, deve mesmo sair, o que deverá dar uma chance a Roberto Valadão de ocupar o cargo, reforçando a presença do PMDB no governo.  
Oficialmente, o corretíssimo Loyola está saindo por problemas de doença. Mas há controvérsias.  
 
Profissionalismo políticoDB está dando show de profissionalismo político. Desde que entrou no governo, em meados do primeiro semestre, vem ocupando espaços como ninguém.  
Apesar das ameaças dos interventores Rita e Gerson Camata de que, quem ficar no governo, terá que deixar o partido, não há quem acredite que essa idéia vai mesmo adiante.  
O casal Camata está sozinho nessa história. O PMDB tem mais de 300 filiados na administração estadual. E deverá aumentar sua participação com Roberto Valadão na secretaria de Governo.  
 
Dosse exagerada  
 
Uma mentira repetida várias vezes, já ensinavam os nazistas, se transforma em verdade.  
Bastou sair publicada no Diário Oficial a exoneração da delegada Fabiana Maioral do grupo de combate ao crime organizado para que fosse, com sensacionalismo, noticiado que ela foi exonerada porque indiciou a primeira-dama Maria Helena Ferreira. E teve até repercussão com promotores.  
Fabiana concluiu o inquérito dois meses antes. “Não pedi para entrar e nem para sair. Indiciei 11 pessoas sem olhar quem eram”, disse a delegada.  
 
Drenalina Pura  
 
 
O governo parece gostar de correr riscos, e de conviver com o perigo.  
Um mês depois que o deputado federal Marcus Vicente (PPB) deixou a Casa Civil, considerando cumprida a missão para a qual assumiu o cargo, foi indicado para o posto o ex-diretor do Detran, Lézio Sathler.  
O que causou estranheza foi que Lézio deixou o órgão de trânsito debaixo de rumores de irregularidades. Agora, vai comandar uma das mais importantes secretarias da administração.  
 
Carta marcada  
 
É líquido e certo que o próximo conselheiro do Tribunal de Contas será o atual procurador-chefe do Estado, José Maria de Oliveira.  
A vaga deixada pela ex-dama de ferro Mariazinha Vellozo Lucas é do Ministério Público.  
José Maria, que foi sócio de José Ignácio Ferreira na banca de advocacia, deverá ser indicado ainda este ano, mas só assume em abril.  
 
Coerência de Gratz  
 
José Carlos Gratz, presidente da Assembléia Legislativa capixaba, é daqueles políticos para ser amado ou odiado. Não há meio-termo com quem o conheça.  
Mas em uma coisa até seus adversários concordam: com sua coerência.  
Isso ficou claro nos últimos acontecimentos políticos do Estado, quando ele ficou ao lado do governo até o final, mesmo votando pela abertura do processo de impeachment do governador. Sabia que não passava.  
 
Sabedoria, afinal  
 
O deputado Avílio Machado (PPB) está cada dia mais próximo de ter a sua Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração.  
Ele, como líder de sua bancada, votou contra a instalação de novas CPIs este ano na Assembléia. Da mesma forma comportou-se Geraldinho Martins (PMN). Sinais de capitulação.  
Em última análise, a Assembléia Legislativa demonstrou sabedoria.  
Novas CPIs, a estas alturas, só serviriam de palanque político para deputados decadentes. E para manchar o nome do Estado.  
 
Assalto de araque  
 
Uma importante figura dos bastidores políticos capixabas sofreu um assalto em sua residência há alguns meses. Assalto de araque.  
Eram agentes federais em busca de informações sobre origens do dinheiro de campanha de um assessorado da figura.  
Depois, a Polícia Federal bateu lá e confiscou informações preciosas de um computador.