Trinta dias após assumir como presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva lançou, com a pompa que a ousada meta do programa exige, o “Fome Zero”.
Com o objetivo de garantir alimento para uma população estimada em 46 milhões de brasileiros que hoje têm menos de US$ 1,00 por dia para sobreviver, o programa começa garantindo R$ 50,00 mensais para mil famílias dos municípios do Piauí, São Guaribas e Acauã, e pretende chegar ao final deste ano atendendo a 1,5 milhões de famílias.
Se em quatro anos de mandato Lula vai chegar a tirar da miséria todos os brasileiros que passam fome ainda é uma grande incógnita.
Mas, o que se vê hoje é que o presidente tem registrado, pelo menos perante a opinião pública tanto no Brasil quando no exterior, bons índices de aprovação.
Prova disto foi o sucesso alcançado por Lula tanto no Fórum Social Mundial quanto no Fórum Econômico Mundial. Nas duas instâncias de discussão dos problemas mundiais, com participantes completamente antagônicos, o presidente brasileiro foi aplaudido e conquistou destaque.
Enquanto para o encontro de Porto Alegre, ele foi considerado uma espécie de mensageiro do Fórum Social, para Davos, ele foi o elo que os representantes dos países ricos precisavam encontrar para se aproximar das nações do terceiro mundo.
E Lula soube muito bem aproveitar esses importantes momentos.
Com discursos coerentes e reafirmando antigas posições na luta pelo fim das desigualdades sociais, ele uniu sua capacidade de liderança à sua posição de presidente para chamar a atenção e conquistar a admiração dos contestadores participantes do FSM e dos acomodados membros do FEM.
Também não é para menos.
Em Porto Alegre, o presidente garantiu que não abre mão de seus ideais e do programa de governo que o levou para o Palácio da Alvorada.
Em Davos, ele defendeu a criação de um fundo internacional para combater a pobreza dos países do terceiro mundo. Também reafirmou a necessidade da reciprocidade no comércio exterior com o fim do protecionismo, do combate efetivo ao terrorismo e à corrupção e da busca pela paz. O discurso de apenas 20 minutos foi considerado “elétrico” pela imprensa européia e recebido com aplausos pelos lideres políticos e empresariais presentes ao evento.
VidaBrasil acompanhou toda a movimentação do presidente Lula, com uma grata satisfação.
Torcemos para que o bom começo de governo prossiga e se consolide para que a “esperança que venceu o medo” nas eleições de novembro de 2002 não se transforme em uma grande decepção para nosso povo tão sofrido pelos desmandos de maus governos.
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