Vidabrasil circula em Salvador, Espírito Santo, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo Edição Nº: 324
Data:
15/2/2003
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» Índice
» Autos
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» Luxo
Celebridades como Richard Gere e Paul Newman têm preferência pelos relógios da Baume & Mercier
» Turisnotas
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» Turismo
Com teleféricos, tele-cadeiras e 45 pistas de esqui, Serra Nevada tem a mais longa temporada de inverno
» Editorial
Um bom começo
» Triângulo
A designer baiana Tina Guedes cria novo projeto gráfico em comemoração à maioridade de VidaBrasil
Boca Miuda

Velho xerife  
Competente policial desde os tempos do regime militar brasileiro, o coronel da reserva Luiz Sérgio Aurich volta à cena pública capixaba para dar as cartas na área militar do governo de Paulo Hartung.  
Parabéns, xerife.  
 
Renascendo  
Qual Fênix, José Eugênio Vieira renasce das cinzas que ficaram da campanha do governador Paulo Hartung, quando todos já davam como definitiva a sua exclusão da equipe do governo.  
Coordenador da campanha de PH, José Eugênio chegou a ser dado como certo para importantes cargos no governo, mas não apareceu e espalhou-se no mercado político que o prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas havia vetado sua saída da prefeitura.  
Agora, eis que José Eugênio está indo para a Secretaria de Educação, criando uma situação no mínimo estranha: o senador Ricardo Santos passa à condição de ex-secretário sem nunca ter sido.  
Explico: é que, para não dar o último mês de seu mandato a Luzia Toledo, Ricardo manteve uma secretária interina na Sedu. Venceu o primeiro mês de governo e Santos caiu sem ter assumido. Entenderam?  
 
Auto-espionagem  
Equipes do novo governo fizeram um pente fino no Palácio Anchieta e na residência oficial da Praia da Costa e encontraram microfones escondidos até na cabeceira da cama do governador.  
O novo inquilino número um do Estado, Paulo Hartung, riu da situação e chegou à conclusão de que a bisbilhotice não tinha por meta atingi-lo.  
Acha que era auto-espionagem no governo passado.  
 
Palavras ao vento  
O governador Paulo Hartung havia dito que aproveitaria a filosofia de segurança pública do governo anterior, por entender que o programa estava dando certo e apenas precisava de alguns ajustes.  
Escolheu até o advogado Luiz Moulin como secretário de Justiça e o coronel Júlio César Lugato para o comando da Polícia Militar. Os dois eram colaboradores da antiga equipe de segurança.  
Mas o novo secretário de Segurança, um delegado federal, chegou atropelando e anunciando o fim do Pro-pas – além de chutar cachorro morto.  
Não é preciso esperar muito para ver no que vai dar isso. O povo capixaba já está vendo os resultados do desmanche promovido pelo secretário delegado federal.  
Não se mexe na tática quando o time está ganhando.  
 
Assembléia na fita  
O pano de fundo da saída de Ricardo Santos da Secretaria de Educação (sem nunca ter entrado, é bom que se ressalve sempre) é a eleição da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa.  
Tanto é que o governo cancelou o concurso realizado sob orientação de Santos para contratações temporárias no setor.  
O fato é que esses cargos sempre foram utilizados pelo governo, sob qualquer comando ideológico, como moeda de troca com os deputados. E Ricardo Santos entrou em rota de colisão com a orientação do Palácio Anchieta nesse sentido.  
Na queda de braço entre os Palácios Anchieta e Domingos Martins, cada mergulho é um flash.  
 
Lições de Tancredo  
O ex-presidente e ex-governador mineiro Tancredo Neves tinha uma saída infalível para aqueles amigos que o procuravam em busca de uma indicação para cargo dizendo que os amigos estavam falando que seriam secretários de Estado. Dizia-lhes para responderem que foram convidados, mas que não aceitaram.  
Foi assim que o governador Paulo Hartung agiu em relação a alguns figurões da vida pública capixaba, que se achavam pules de dez no novo governo.  
Com isso, por exemplo, pôde colocar o competentíssimo Lelo Coimbra na Casa Civil.  
 
De olho no mercado  
O diplomata José Carlos da Fonseca Júnior (foto) já escolheu o caminho a trilhar para não ficar longe de suas bases, depois de não se reeleger deputado federal.  
Vai se licenciar do Itamarati e trabalhar com Pedro Malan na iniciativa privada.  
 
Ex-futuro  
José Eugênio Vieira também já teve seu dia de ex-futuro alguma coisa. Era homem forte do governo de Albuino Azeredo, que perdeu a grande chance de ter dado um novo rumo à política do Estado, ao não articular sua candidatura à sucessão, permitindo que Vitor Buaiz fosse eleito pelo PT.  
E, depois, deu tudo no que deu até hoje.  
Agora, ao assumir a pasta mais cobiçada do governo, José Eugênio tem reparada uma injustiça, ainda que tardia e parcialmente.  
 
Surpresas  
Com o futebol capixaba em baixa, a caixinha de surpresas migrou para a política.  
Depois de ter sido aliado de Max Mauro na campanha eleitoral, o PT fechou com o governador Paulo Hartung na disputa da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa.  
No fechamento desta edição, a vantagem era do grupo formado por nove deputados estaduais reeleitos e 12 dos novos, mas a candidatura de Cláudio Vereza (PT), apoiada pelo Palácio Anchieta, começava a ganhar musculatura, com o deputado diplomado Edson Vargas (PMN) se bandeando para seu lado.  
Audiência e democracia  
VidaBrasil anteviu os fatos e entrevistou o deputado José Carlos Gratz (PFL) dois dias antes de o Ministério Público Federal pedir a prisão dele e mais cinco deputados estaduais reeleitos – até agora a Justiça não atendeu ao pedido, que serviu para esfriar a candidatura de Gilson Gomes (PFL), um dos acusados de irregularidades, à presidência da Assembléia.  
No estado de direito, a revista exercitou a democracia, concedendo amplo direito de expressão e defesa a um acusado. Por conta dessa ousadia, o site www.vidabrasil.com.br teve recorde de acessos na segunda quinzena de janeiro.  
Pelo jeito, Gratz ainda dá audiência.  
 
Novos caminhos  
Max Mauro reuniu seu grupo político em Vila Velha e disse que estava se retirando da vida pública, depois de perder a eleição para Paulo Hartung e ficar sem mandato. A reação foi imediata e o discurso comum de seus aliados era de que a vida pública do ex-governador já não lhe pertencia.  
A partir daí, Max Mauro ganhou novo ânimo e está disposto a mudar seu domicílio eleitoral para Cariacica para disputar a prefeitura do município no próximo ano.  
A estratégia é tentar tomar a Grande Vitória.  
Max Filho sai à reeleição em Vila Velha, Max pai disputa em Cariacica, Humberto Manato ou Sueli Vidigal na Serra e João Coser (PT) em Vitória.  
Não se sabe se ele manterá a mesma disposição depois que o PT de Coser se aliou ao governo de Hartung.  
 
Reparo de Max  
Max Mauro, ex-deputado federal e candidato derrotado nas eleições para o governo do Estado, repara nota divulgada por Boca Miúda (e não por Triângulo, como ele diz), na última edição, sobre seu suposto rompimento com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES), Agesandro da Costa Pereira.  
Garante o ex-governador que continua afinadíssimo com Agesandro, mas confirma que andou puxando as orelhas do amigo através de uma carta que está publicada na seção própria desta edição, na qual chama a atenção para o rastilho de pólvora em direção à Prefeitura de Vitória.  
A interpretação da coluna, agora contestada por Max, levou em conta o não dito pela carta enviada por ele a Agesandro e, ainda, informações de pessoas muito próximas ao ex-governador e que com ele conversaram longamente. (Leia a carta de Max a Agesandro na coluna do leitor)  
 
No top  
A Academia de Tênis de Brasília, do capixaba José Farani (ele é de Alegre), voltou ao centro das atenções com a posse do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  
Os petistas fecharam uma parceria com Farani, e a nova equipe de governo está quase toda hospedada no flat, que tem uma excelente infra-estrutura.  
A última vez em que a Academia de Tênis ganhou tanta notoriedade foi quando hospedou a equipe de Fernando Collor de Mello, em 1989.  
 
Comunista na CMV  
Namy Chequer, do PC do B, assumiu uma vaga de vereador na Câmara de Vitória.  
O vereador Luiz Paulo Amorim (PSB) vai para a vice-presidência da Cesan, e o primeiro suplente da coligação que o elegeu é Namy.  
 
Crime assustador  
Da mesma forma que a morte de uma modelo no flat de Belo Horizonte tirou o sono de muita gente dos altos escalões da sociedade mineira, inclusive políticos, por aqui também o bárbaro assassinato de uma moradora da Ilha do Frade andou deixando de orelhas em pé muita gente importante.  
A Ilha do Frade "era" considerada o bairro mais seguro de Vitória. Mas não faz muito tempo, também, que a polícia estourou lá um depósito de cargas roubadas, com ligações perigosíssimas.  
 
Trocando beicinhos  
Sobrou constrangimento na visita que o ministro Ciro Gomes, da Integração Nacional, fez ao Espírito Santo no último dia 28 para prestigiar a filiação do senador João Batista da Motta ao PPS.  
O governador Paulo Hartung, por conta de ressentimentos que ficaram de sua passagem anterior pelo partido de Ciro, não foi ao Centro de Convenções de Vitória receber o ministro, que, por sua vez, recusou a proposta de assessores de ir ao Palácio Anchieta visitar o governador.  
E ficou assim, num momento em que o Estado luta para entrar na área de abrangência da nova Sudene.  
E a emenda poderia ter sido pior. A posse de Stan Stein na Secretaria de Administração estava marcada para a mesma hora da visita do ministro.  

  
Luiz Sérgio Aurich

José Eugênio Vieira

José Carlos da Fonseca Júnior

José Carlos Gratz

José Farani

Ciro

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