Discípulos de Maquiavel
Há que se respeitar a inteligência política do pessoal oriundo do velho Partidão. Aqui no Estado, seu principal representante, o senador Paulo Hartung, candidato ao governo pelo PSB, conseguiu reunir os aliados de três dos quatro principais candidatos a presidente da República.
Terá seu nome gritado nos palanques de Anthony Garotinho, candidato de seu partido, de Ciro Gomes (PPS), candidato de seu aliado Ricardo Ferraço, e de José Serra (PSDB), onde estão seus aliados tucanos, capitaneados pelo prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas.
E por muito pouco não capitalizou também os aliados de Lula, mas no final perdeu o candidato a senador do PT, João Coser, para seu principal adversário, Max Mauro.
Por outro lado, isso tudo fica como um samba do político doido na cabeça do eleitor.Hartung terá acesso aos palanques dos presidenciáveis José Serra, Anthony Garotinho e por pouco não consegue também o de Lula
Vizinhos
Aécio Neves (PSDB) já disparou nas pesquisas de intenções de votos em Minas – 38% contra 31% do vice-governador Newton Cardoso (PMDB). Para o Senado, parece não haver mais dúvidas de que as duas vagas serão de Eduardo Azeredo (PSDB) e Hélio Costa (PMDB).
Já no Rio, Rosinha Matheus (PSB), mulher de Anthony Garotinho, já está fazendo a governadora Benedita da Silva (PT) comer poeira – 30% a 20%. Já para o Senado, Sérgio Cabral Filho (PMDB) é o Camata de lá. Na briga pela segunda vaga é que o bicho vai pegar: Leonel Brizola (PDT) está apenas quatro pontos na frente do bispo Marcelo Crivela (PL), abençoado pela Igreja Universal.
Tudo isso segundo o Datafolha.
Coceira na língua
Raimundo Benedito, o Bené, anda freqüentando locais públicos com a naturalidade de quem está com a consciência tranquila. Não tem boas lembranças do governador José Ignácio Ferreira e da primeira-dama Maria Helena Ferreira, nem os perdoa pelos seis meses de cadeia, em que se sentiu abandonado.
Bené vem a ser o homem que assinava os cheques do escândalo que abalou o Palácio Anchieta.
A boca miúda, garante ter declarações bombásticas ainda a fazer. Pode até vir a escrever um livro.
Armas à mostra
“Aqui não tem Carandiru, prefeituras metralhadas. Tem drogados, inclusive políticos. O problema é com a cartilagem do nariz de cada um. Muitos desses políticos estão no poder e não podem se fazer de vestais, quando na vida privada são o oposto. Eles (os políticos) têm família de fachada e um comportamento heterodoxo”.
O que estaria querendo dizer o governador José Ignácio Ferreira (PTN) com essa declaração, diante do anúncio do pedido de intervenção no Estado, feito pelo ministro Miguel Reale Júnior, da Justiça, ao Supremo Tribunal Federal.
Ignácio anunciou que não será mais candidato à reeleição, mas resolveu mostrar as armas.
Vaia italiana
Choveram políticos na Festa Italiana de Cariacica. Todos os candidatos ao governo, e outros tantos a cargos proporcionais, passaram por lá.
Mas o prefeito Aloízio Santos (PSDB) inventou de discursar e levou uma sonora vaia. Ao lado do filho, que é candidato a deputado estadual, e do candidato ao governo Max Mauro (PTB).
Incêndio distante
O couro estava comendo nas reuniões partidárias no final do prazo para registro de candidaturas e o senador Gerson Camata, candidato à reeleição pelo PMDB, estava em casa cuidando de Bruno, o filho mais novo dele com Rita, candidata a vice-presidente de José Serra (PSDB). Confiança na grife é isso aí.
Rita precisa urgente criar um projeto de licença paternidade para viúvo de esposa viva, laçada pela política.
A propósito, aos poucos ela está mudando seu figurino cocotinha. Exigências do marqueteiro político da chapa, Nizan Guanaes.
Mostrengo
Vai ser engraçado ver no mesmo palanque o comunista e ateu Namy Chequer (PC do B) e o pastor Magno Malta, presidente regional do PL e candidato a senador.
Adversário escolhido
Leiam a entrevista de Ricardo Ferraço (PPS) nesta edição e descubram que ele já escolheu seu adversário na corrida pelo Senado: é o também deputado federal Magno Malta (PL), que faz dobradinha para senador com João Coser (PT), na campanha de Max Mauro ao governo.
Próximo alvo
Os defensores da intervenção no Estado conseguiram abater a primeira vítima, que é o governador José Ignácio Ferreira, levando-o a desistir da candidatura à reeleição.
Agora, todas as bocas de canhão estarão voltadas para a Assembléia Legislativa. Afinal, o que circula nos bastidores políticos capixabas é o medo dos principais grupos políticos de ganharem o Executivo e perderam o Legislativo.
O alvo é o presidente José Carlos Gratz (PFL), que reagiu indignado ao anúncio de pedido de intervenção no Estado: “Vou pedir uma intervenção cirúrgica na cabeça deles”.
Próximo alvo
Os defensores da intervenção no Estado conseguiram abater a primeira vítima, que é o governador José Ignácio Ferreira, levando-o a desistir da candidatura à reeleição.
Agora, todas as bocas de canhão estarão voltadas para a Assembléia Legislativa. Afinal, o que circula nos bastidores políticos capixabas é o medo dos principais grupos políticos de ganharem o Executivo e perderam o Legislativo.
O alvo é o presidente José Carlos Gratz (PFL), que reagiu indignado ao anúncio de pedido de intervenção no Estado: “Vou pedir uma intervenção cirúrgica na cabeça deles”.
Fidelidade negada
José Ignácio só anunciou que não seria candidato à reeleição depois de cobrar até a última hora, insistentemente, a fidelidade do PPB, cujo presidente, Nilton Baiano, foi seu secretário de Saúde até abril.
Negado o apoio, que lhe daria o necessário tempo de propaganda na televisão, Ignácio desistiu da disputa. Pelo menos, por enquanto. Até a véspera das eleições os partidos podem trocar os nomes de seus candidatos.
Barrado no baile
O diplomata José Carlos da Fonseca Júnior, presidente-interventor do PFL estadual, não conseguiu dobrar o PPB-PSDB-PMDB e seu partido ficou de fora do chapão que deverá eleger oito deputados federais e dez estaduais.
O PFL ficou isolado e inviabilizada a candidatura de Fonseca Júnior à reeleição.
“Fizeram isso com ele porque é um otário. Se ele tivesse feito a convenção regional e me entregado o partido, hoje eu teria 40 candidatos a deputado e não levava essa pernada”, reagiu José Carlos Gratz, presidente municipal do PFL em Vitória.
Resta o Palácio
Com a reeleição inviabilizada, Fonseca Júnior deverá disputar o governo do Estado. O PFL inscreveu um laranja na Justiça Eleitoral para governador e o deputado estadual Robson Neves para o Senado.
Nos bastidores comenta-se que Fonseca Júnior, depois de abandonar o governo, tenta reaproximar-se do governador. Em política se pode esperar tudo. Até boi voar.
Na ponta do lápis
Se o chapão PPB-PSDB-PMDB pretende fazer 10 deputados estaduais, e a coligação PT-PMN-PC do B-PL espera eleger cinco, vão ficar faltando 15 vagas na Assembléia a serem disputadas por PTB-PDT, PFL, PSB e os nanicos ligados a José Ignácio Ferreira (PRTB-PTN-PST-PGT).
Para a Câmara dos Deputados, a coligação PDT-PTB deverá emplacar dois deputados. Os outros oito ficam com o chapão.
Farinha pouca...
Os candidatos a deputado federal que se viam ameaçados de perder a vaga para José Carlos da Fonseca Júnior impediram a aliança do blocão PPB-PMDB-PSDB com o PFL.
Quando faziam as contas, esses candidatos percebiam o risco e ameaçam se retirar do processo, se o PFL entrasse. Farinha pouca, meu pirão primeiro, era a filosofia.
Os favoritos para deputado federal no chapão são Marcus Vicente e Nilton Baiano (PPB), Marcelino Fraga e Albuino Azeredo (PMDB), Feu Rosa e Rose de Freitas (PSDB). Como a legenda deve fazer oito eleitos, daí para baixo é tudo japonês.
Última inauguração
O deputado federal Marcus Vicente (PPB-ES) aproveitou em grande estilo o último prazo permitido pela Justiça Eleitoral para que autoridades aparecessem em inaugurações de obras públicas.
Entregou o Pronto-Socorro e Maternidade de Ibiraçu, junto com a prefeita Naciene Vicente (PFL), mulher dele. Obra construída nos últimos cinco anos com recursos federais arrancados pelo deputado.
Parceria na Ufes
A Ufes está desencadeando, neste início de julho, o processo de parcerias com grandes empresas do Estado para desenvolvimento de estudos oceanográficos.
Durante três dias, o professor Daniel Benetti, diretor do Programa de Aquicultura da Rosenstiel School of Marine’ and Atmospheric Sciences da Universidade de Miami, visita o Estado para reuniões na CST e Aracruz Celulose.
Anotem
Se Paulo Hartung (PSB) for eleito governador do Estado, quem assume por quatro anos como senador é João Batista Motta, ex-prefeito da Serra.
Saber quem são os suplentes de seu senador é muito importante. O mandato é de oito anos e, nesse período, muita coisa po-
de acontecer.
Socorro
Paulo Hartungsalvou a pele de seu
fiel companheiro Lelo Coimbra ao indicá-lo seu candidato a vice-governador.
Lelo teria dificuldades de se reeleger deputado estadual, por problemas de legenda no PSB.
Suplente próspero
José Antônio Guidoni, o segundo suplente de senador de Ricardo Ferraço (PPS), é um empresário da região de Colatina, que fez a vida montando conjuntos de irrigação para as lavouras de café conilon na região, com financiamento garantido pelo Banco do Brasil.
Prosperou tanto que diversificou para o ramo de pedras, exportando granito já beneficiado, a partir de São Domingos do Norte e São Gabriel da Palha.
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Ciro Gomes
Lula
José Serra
Anthony Garotinho
Rosinha na frente
Raimundo Benedito
Raimundo Benedito
Gerson Camata
Aloízio Santos
Namy Chequer
Magno Malta,
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