Santiago de Compostela Na rota do espirito
A lenda reza que o apóstolo Tiago, também designado O Evangelista, pregou na Galiza e que, depois da sua morte por decapitação, em Jerusalém, seus restos mortais retornaram ao noroeste da Península Ibérica, de barco, por intermédio dos discípulos Teodoro e Atanásio. A tradição diz também que o jazigo que abrigou os ossos, num bosque em torno da cidade romana de Iria Flavia, foi descoberto há oito séculos, após uma intensa chuva de estrelas que prendeu a atenção do asceta Pelágio. O bispo Teodomiro ordenou as escavações que possibilitaram a descoberta e o rei Afonso III determinou a edificação de um templo que resguardasse as relíquias. Alguns historiadores torcem o nariz diante da fábula, mas o certo é que em redor do mosteiro acabou por nascer um dos mais importantes centros espirituais, culturais e econômicos da Europa. Hoje, além dos milhares de peregrinos, a cidade colhe turistas dos quatro cantos do mundo. A catedral, o ex libris da urbe, agrega elementos do gótico e do barroco.
Da clarabóia, pende o famoso Botafumeiro, o enorme turíbulo que é agitado durante as celebrações. Museus, centro de artes e vários espaços conventuais perpetuam a vida do espírito e a eterna procura do sonho em Santiago. Foi o escritor Paulo Coelho quem afirmou: “Depois de conhecer Santiago de Compostela, pude realizar o meu sonho.”
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