Vertigens de amor
O cupê SC 430 é, por assim dizer, a jóia da coroa da Lexus. Um luxo sobre rodas que, embora não chegando ao status de supra-sumo, não deixa contudo de ser uma referência. Apresentado pela primeira vez ao público no Tokio Motor Show, foi logo alvo de muitos elogios. Impressiona pela excelência das formas associadas a uma mecânica que começa no sistema de ativação do teto (com um toque num botão, o SC 430 transforma-se de um cupê 2 X 2 num conversível, em 25 segundos) e passa pelo motor V8 de 4,3 litros de 286 CV. Depois (e além da invulgar rigidez da carroceria, considerando tratar-se de um conversível) estão montados alguns sistemas de tecnologia de ponta, como a caixa de câmbio com controle inteligente computadorizado (detecta e adapta-se automaticamente ao tipo de condução e de piso), o sistema computadorizado de gestão do motor, ou a travagem assistida constituída por ABS, repartição de frenagem (EBD), controle de tração e controle de estabilidade do veículo (VSC). Quanto aos ítens de luxo, há uma peça de destaque, ainda que seja opcional: o equipamento de áudio da Mark Levinson - uma marca norte-americana desconhecida nos circuitos mais comerciais, mas sem sombra de dúvida uma referência junto dos estilistas puristas do áudio “puro e forte”. Os argumentos são muitos e o único inconveniente deste Lexus acaba assim sendo apenas um: os “politicamente incorretos” 90 mil dólares do preço (na versão base) que, não obstante serem fruto da qualidade ostentada, fazem “tremer nas bases” aqueles que por mais sonhadores que sejam não passam de plebeus
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